No Itaú Cultural, o primeiro bloco afro-brasileiro tem voz para dar luz à sua história
de resistência, até ser conhecido internacionalmente como uma ação afirmativa
da raça e do valor dos povos de origem africana.
O primeiro bloco afro do Brasil, Ilê Aiyê, traz seu axé de cura e encanto para a Avenida Paulista e faz da 42ª Ocupação Itaú Cultural um grito de resistência contra os desmandos históricos que oprimem a liberdade e a majestade que habita dentro de cada pessoa.
Neste caso, os negros – os descendentes dos africanos escravizados durante os três séculos de Brasil colônia e império, cujas consequências persistem até hoje no desequilíbrio social e em ideias racistas que negam à maioria da população (que é negra) o acesso aos comandos, aos locais de fala e de decisão.
Foi com luz, sabedoria e beleza que o Ilê Aiyê teceu sua resposta, seu manto de orgulho e glória. Em 1974, sob a inspiração da líder religiosa Hilda Dias dos Santos (Salvador, 1923-2009), Mãe Hilda Jitolu, e atuação de seu filho Antonio Carlos dos Santos Vovô (Salvador, 1952), surgiu o bloco, com apoio e força de Apolônio, Dete, Vivaldo, Ana Meire, Sergio Roberto, Jailson, Lili, Macalé, Eliete Celestino, Joevandro, Maria Auxiliadora e de muito mais gente da comunidade que vivia próxima à ladeira do Curuzu, no bairro da Liberdade, periferia de Salvador (BA).
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4.10.18
26.4.17
Beyoncé brinda um ano de "Lemonade" com um programa de bolsa de estudos! Saiba tudo sobre o "Formation Scholars".
Okay ladies,
Now let’s get in formation!
Para celebrar um ano de lançamento de “Lemonade”, Beyoncé Knowles-Carter botou tudo que canta nas músicas em prática! Em comemoração ao álbum mais vendido de 2016, a Deusa do ShowBussiness lançou o "Formation Scholars". A iniciativa funciona como um programa de bolsas voltado para jovens mulheres que, segundo o site oficial da cantora, “não têm medo de pensar fora da caixa, e são corajosas, criativas e confiantes”. O projeto visa incentivar a carreira de mulheres na área de “creative arts”, como música, literatura e estudos afro-americanos.
19.1.17
Na contramão da atual gestão paulistana, MASP anuncia exposição de Basquiat
Jean-Michel Basquiat, um dos maiores ícones da arte urbana mundial, ganhará exposição no MASP em 2018. A informação foi confirmada pelo museu em comunicado divulgado nesta quarta-feira (18).
O recorte escolhido leva o nome "Histórias da Escravidão", e dialoga com a investigação das narrativas africanas que o museu prepara para o próximo ano; data dos 130 anos da assinatura da Lei Áurea, que findou a escravidão no Brasil. A obra de Basquiat é marcada por influências da cultura africana e latina. Esta será a primeira grande exposição de artista no país; a primeira ocorreu na 23ª Bienal de São Paulo, em 1996, com uma retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 1998.
A mostra também marca os 30 anos da morte do artista plástico, que ganhou notoriedade no início dos anos 80, a partir de suas intervenções artísticas em prédios abandonados de Manhattan; sendo estas grafites e pixações. Através da compreensão de sua arte, o grafite foi elevado ao status de arte de galeria.
O recorte escolhido leva o nome "Histórias da Escravidão", e dialoga com a investigação das narrativas africanas que o museu prepara para o próximo ano; data dos 130 anos da assinatura da Lei Áurea, que findou a escravidão no Brasil. A obra de Basquiat é marcada por influências da cultura africana e latina. Esta será a primeira grande exposição de artista no país; a primeira ocorreu na 23ª Bienal de São Paulo, em 1996, com uma retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 1998.
A mostra também marca os 30 anos da morte do artista plástico, que ganhou notoriedade no início dos anos 80, a partir de suas intervenções artísticas em prédios abandonados de Manhattan; sendo estas grafites e pixações. Através da compreensão de sua arte, o grafite foi elevado ao status de arte de galeria.
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18.1.17
ROLÊ SP: Mostra MOTUMBÁ - Memórias e Existências Negras
As influências da matriz afro no cotidiano podem ser percebidas na alimentação, nas músicas e nas diversas linguagens da arte. E todas essas influências também estão presentes na mostra MOTUMBÁ, que acontece no Sesc Belenzinho.
O dia 20 de novembro, dia de Zumbi dos Palmares, também é conhecido como o dia da Consciência Negra. Em algumas cidades, essa data também é feriado.
Mas você já pensou no porquê dessa desse dia e na sua importância?
O dia 20 de novembro, dia de Zumbi dos Palmares, também é conhecido como o dia da Consciência Negra. Em algumas cidades, essa data também é feriado.
Mas você já pensou no porquê dessa desse dia e na sua importância?
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12.1.17
O legado de Miss O
Chegou à Casa Branca entre críticas, mas Michelle Obama se despede do cargo como primeira-dama transformada em ativista e fiel representante das mulheres negras no mundo.
Ninguém antes havia vestido o mesmo traje. O de primeira-dama dos Estados Unidos estava desenhado para mulheres brancas, em sua maioria trabalhadoras e que viviam à margem da política. Uma indumentária para navegar na linha fina de apoiar fielmente as políticas de seus maridos sem intervir em excesso. E nunca havia sido usado por uma mulher negra até que Michelle Obama o vestiu em janeiro de 2009.
Desde sua aparição na Convenção Nacional Democrata de 2008 até a de 2012, ela desenhou um arco de história que não deixou ninguém indiferente. Na campanha que levou à Presidência seu marido, Barack, começou uma negociação cujos termos ela escreveu sozinha a golpe de discurso, de silêncios calculados e de uma estratégia baseada na constância. Foi recebida na Casa Branca entre o ceticismo e as críticas por ter se declarado, em primeiro lugar, "mom in chief" (na tradução literal “mãe em chefe”, ou algo como, mãe no comando). Suas filhas, sua família, estavam na frente. Oito anos depois lembrou, no mesmo discurso em que apoiou Hillary Clinton ante os delegados na Filadélfia, que olhou os rostos da meninas pela janela no primeiro dia de colégio, acompanhadas pelo serviço secreto, e pensou: “O que nós fizemos?”.
Hoje restam poucas dúvidas de que sempre soube o que estava fazendo. Às expectativas de quem esperava um papel revolucionário por parte da primeira-dama com títulos em Harvard e Princeton, Michelle Obama respondeu com planos de atender às famílias dos veteranos de guerra, inaugurou a horta orgânica da Casa Branca e se fez presente na televisão, onde dançou hip hop e conversou com personagens de Vila Sesamo.
Pouco depois lançou seu controverso programa para reinventar os cardápios dos refeitórios escolares de todo o país, e quando Barack Obama foi reeleito, em 2012, a primeira-dama já havia sido declarada “o pesadelo do feminismo” nos EUA. Os primeiros quatro anos de trégua haviam terminado e alguns setores do país queriam ver sua versão mais ativista. Mas suas intenções eram outras. Ainda tinha que levar em frente sua campanha pela alimentação saudável e se tornar uma defensora da educação das meninas em todo o mundo, um projeto que levou este ano à Espanha.
Nunca escondeu seu ceticismo com a política, mas também não censurou sua visão do papel que deveria desempenhar como primeira-dama. Não se apertou para entrar nos modelos de suas predecessoras –vale como exemplo seu armário, destacado pela classe de um modelo Versace no último jantar de Estado– e, conforme se aproxima o final do mandato de seu esposo, tem revelado de maneira cada vez mais firme como se pode ser primeira-dama de todos os norte-americanos e servir de consciência para um país imerso em uma das campanhas mais retorcidas, agressivas e negativas das últimas décadas.
Michelle Obama se transformou nas últimas semanas em uma defensora tão importante quanto inesperada da candidatura de Hillary Clinton, e conseguiu explicar o inexplicável com uma linguagem que diz o que nenhum outro político pode pronunciar. Ela pode dizer que se “precisa de um adulto na Casa Branca”, continua tentando inspirar os jovens ao afirmar que “minha história também pode ser a de vocês” e sacode o país com a verdade de que “vejo minhas filhas brincarem no jardim de uma casa construída por escravos”.
Ninguém antes havia vestido o mesmo traje. O de primeira-dama dos Estados Unidos estava desenhado para mulheres brancas, em sua maioria trabalhadoras e que viviam à margem da política. Uma indumentária para navegar na linha fina de apoiar fielmente as políticas de seus maridos sem intervir em excesso. E nunca havia sido usado por uma mulher negra até que Michelle Obama o vestiu em janeiro de 2009.
Desde sua aparição na Convenção Nacional Democrata de 2008 até a de 2012, ela desenhou um arco de história que não deixou ninguém indiferente. Na campanha que levou à Presidência seu marido, Barack, começou uma negociação cujos termos ela escreveu sozinha a golpe de discurso, de silêncios calculados e de uma estratégia baseada na constância. Foi recebida na Casa Branca entre o ceticismo e as críticas por ter se declarado, em primeiro lugar, "mom in chief" (na tradução literal “mãe em chefe”, ou algo como, mãe no comando). Suas filhas, sua família, estavam na frente. Oito anos depois lembrou, no mesmo discurso em que apoiou Hillary Clinton ante os delegados na Filadélfia, que olhou os rostos da meninas pela janela no primeiro dia de colégio, acompanhadas pelo serviço secreto, e pensou: “O que nós fizemos?”.
Hoje restam poucas dúvidas de que sempre soube o que estava fazendo. Às expectativas de quem esperava um papel revolucionário por parte da primeira-dama com títulos em Harvard e Princeton, Michelle Obama respondeu com planos de atender às famílias dos veteranos de guerra, inaugurou a horta orgânica da Casa Branca e se fez presente na televisão, onde dançou hip hop e conversou com personagens de Vila Sesamo.
Pouco depois lançou seu controverso programa para reinventar os cardápios dos refeitórios escolares de todo o país, e quando Barack Obama foi reeleito, em 2012, a primeira-dama já havia sido declarada “o pesadelo do feminismo” nos EUA. Os primeiros quatro anos de trégua haviam terminado e alguns setores do país queriam ver sua versão mais ativista. Mas suas intenções eram outras. Ainda tinha que levar em frente sua campanha pela alimentação saudável e se tornar uma defensora da educação das meninas em todo o mundo, um projeto que levou este ano à Espanha.
Nunca escondeu seu ceticismo com a política, mas também não censurou sua visão do papel que deveria desempenhar como primeira-dama. Não se apertou para entrar nos modelos de suas predecessoras –vale como exemplo seu armário, destacado pela classe de um modelo Versace no último jantar de Estado– e, conforme se aproxima o final do mandato de seu esposo, tem revelado de maneira cada vez mais firme como se pode ser primeira-dama de todos os norte-americanos e servir de consciência para um país imerso em uma das campanhas mais retorcidas, agressivas e negativas das últimas décadas.
Michelle Obama se transformou nas últimas semanas em uma defensora tão importante quanto inesperada da candidatura de Hillary Clinton, e conseguiu explicar o inexplicável com uma linguagem que diz o que nenhum outro político pode pronunciar. Ela pode dizer que se “precisa de um adulto na Casa Branca”, continua tentando inspirar os jovens ao afirmar que “minha história também pode ser a de vocês” e sacode o país com a verdade de que “vejo minhas filhas brincarem no jardim de uma casa construída por escravos”.
11.1.17
Carta aberta do rapper T.I. para o eterno Presidente Obama
Diante do desenfreado genocídio negro em seu país, o rapper e ator Tip Harris, de nome artístico TI, idealizou uma forma inusitada de protesto.
Além de ir à frente de marchas e se manisfestar musicalmente - Us or Else: Letter to the System - ; passou a escrever uma série de cartas abertas ao presidente Obama, ao presidente eleito Donald J. Trump e toda a América.
NY: O que você deseja através dessas cartas?
T.I: Meu primeiro objetivo é comunicar e compartilhar meus pensamentos e tentar ser uma voz para as pessoas que podem estar pensando em algo a dizer, mas, por alguma razão, pode não ser capaz de dizer ou não ter a plataforma para dizê-lo. Usando minha plataforma para ser uma voz para aqueles que não podem falar por si mesmos.
NY: Você acha que o impacto de Obama foi principalmente simbólico, ou houve realizações tangíveis , T.I: especialmente para os negros?
Primeiro e acima de tudo foi a mensagem simbólica, dizendo que independente do que você é, da cor da cor da sua pele, você não precisa ser um homem branco para ser presidente. Obama abriu a porta para mostrar que pode acontecer, pode ser feito, seus esforços podem ser pagos em uma capacidade muito, muito grande, enquanto você continuar a trabalhar e educar-se e tomar as medidas necessárias. Isso é imensurável.
Você tem alguma expectativa de como será com o presidente Trump?
É hora de eu sentar e observar, ver como será. Eu já tenho minhas próprias opiniões, informações, como eu acho que será. Mas isso não é tão importante quanto a realidade. Eu não tenho que falar ou me questionar como será. Eu vou ter que viver com isso. Eu não quero ser presunçoso, eu não quero ser prematuro em minha crítica.
Parece que a presidência de Obama falou com o hip-hop. O rap perde sem um presidente como Obama?
Eu não acho possível neste presente momento um presidente assumir uma posição relevante na comunidade, na cultura, sem chegar ou ter algum conhecimento do que está acontecendo no mundo do hip-hop. Você não pode ser desconectado da cultura mais impactante neste país.
Carta aberta ao Presidente Obama
"Você entrou humildemente em nossos mundos saindo das ruas do Sul de Chicago e dando energia à nossa geração. Você repercutiu das barbearias às vias aéreas e por todas as ruas de todas as quebradas de toda a América. Muitos de nós não sabiam o seu nome nem tínhamos consciência do impacto que você deixaria no mundo durante anos, meses e dias que se seguiram.
Quando eu reflito sobre isso, eu me encho de gratidão, ultraje, luto, raiva, humildade e apreciação, tanto por aquilo que você ajudou a realizar quanto pelas coisas que ainda precisamos realizar.
Por muitos anos você lutou para manter essa nação da forma como ela é hoje.
Por muitos anos, muitos de nós falharam com você porque, como eu disse antes, nós não estávamos preparados para as mudanças que você queria trazer.
Mas descanse sabendo que nós te ouvimos. Descanse com a certeza de que nós te sentimos o que você fez e descanse com a certeza de que o seu legado viverá por muito tempo após a sua presidência.
Você não só impactou uma nação como definiu uma cultura e chocou e acordou toda uma geração. Uma geração que, infelizmente, tem cada vez mais medo de ser machucada, negligenciada, abusada, esquecida e que precisa lutar pelo que nós, agora, entendemos não ser sobre direitos básicos, mas sobre igualdade e dignidade humana básica.
Enquanto muitos de nós agem como se isso fosse algo novo, aqueles de nós que tem lutado, marchado e escrito sobre isso conhecem a desigualdade, o ódio e a intolerância ficaram cansados e silenciados pelos EUA durante muito tempo. Apesar de estarmos feridos, não estamos fora da luta.
Nós te agradecemos por nos ajudar a enfrentar questões que exterminam nossas comunidades e diminuem todos nós. Enquanto eu também admito que já tive comportamentos que perpetuaram o estigma negativo que existe nas nossas comunidades, eu gostaria de agradecê-lo por olhar além de nossas falhas.
Na medida em que eu reflito sobre minha juventude quando eu escutava meu rapper preferido – Tupac Shakur – dizer que nós não estávamos preparados para um presidente negro, eu concordava completamente até que você nos trouxe a audácia de ter esperanças e nos lembrou de que sim, nós podemos.
12.7.16
Sister Rosetta Tharpe: A Mãe Negra do Rock'n' Roll | 13 de julho ~ hoje é dia de rock, baby!
O que Elvis, BB. King e Bob Dylan tem em comum, além do gênero musical?
Todos eles se renderam aos encantos musicais de uma mulher negra. O nome dela é Rosetta Nubin a.k. a. Sister Rosetta Tharpe a.k.a. Mãe do Rock N' Roll.
Elvis, quando criança, saía correndo da escola para ouvir Sister Rosetta em seu programa de rádio em meados nos anos 30.
"Entre os anos 30 e 40, ela teve um programa de rádio, e entre os seus ouvintes estava o ainda menino Elvis Presley, que amava as músicas da grande estrela negra. Muito influenciado por ela, Elvis viria a se tornar conhecido uma década depois justamente pela sua maneira peculiar de "cantar e dançar como um negro" apesar de sua pele branca. Quando se escuta as canções de Elvis em seu início de carreira, é possível percebê-lo canalizando Rosetta Tharpe. Está aí uma imagem que não estamos acostumados a pensar na história do rock and roll: uma mulher negra por atrás de um jovem homem branco." Trecho de New yeah Música
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18.9.15
Lázaro Ramos e Taís Araújo em “O Topo da Montanha”, retratando os últimos momentos de Martin Luther King
A parceria dos atores Lázaro Ramos e Taís Araújo segue além da vida real... está rolando super bem na TV e nos tablados também!
No novo seriado para a TV Globo, “Mister Brau”, eles interpretam um casal expoentes da música, que, depois de ricos, enfrentam o preconceito no condomínio onde moram.
Oito anos depois de protagonizar a comédia teatral “O Método Grönholm”, a dupla volta a investir no teatro com o espetáculo “O Topo da Montanha”.
Com: Lázaro Ramos e Taís Araújo
O Topo da Montanha, peça que estreou aclamada em Londres, em 2009, ganhou versão na Broadway, em 2011, e que agora chega ao Brasil, em São Paulo, no Teatro Faap, no dia 09 de outubro de 2015, protagonizada e também produzida por Lázaro Ramos e Taís Araújo, com direção de Lázaro Ramos e codireção de Fernando Philbert.
O Topo da Montanha faz alusão ao último discurso de Martin Luther King (I’ve Been to the Mountaintop) realizado em Memphis, na Igreja de Mason, no dia 3 de abril de 1968, um dia antes de seu assassinato, cometido na sacada do Hotel Lorraine. É exatamente neste cenário, do quarto 306 – e na sequência de suas derradeiras palavras públicas –, que Martin Luther King, interpretado por Lázaro Ramos, conhece Camae, encenada por Taís Araújo, a misteriosa e bela camareira em seu primeiro dia de trabalho no estabelecimento. Repleta de segredos, ela confronta o líder em clima de suspense e simultaneamente debochado. Deste modo, em perfeito jogo de provocações, faz o reverendo se lembrar que, como todos, é humano.
Por meio do humor e da emoção, faz rir e pensar com retórica atual, seja para americanos ou brasileiros.
A venda de ingressos foi iniciada esta semana e já tem sessões esgotadas!
Local: Teatro FAAP
Dias e horários
Sexta: 21h30
Sábado: 21h
Domingo: 18h
Ingressos: R$ 90,00 (inteira) e 45,00 (meia entrada).
Recomendação: 12 anos
"Essa peça foi montada nos Estados Unidos com Samuel L. Jackson e Angela Bassett e tem um texto maravilhoso. É um projeto que estamos preparando há dois anos e, finalmente, conseguimos apoio. Além da luta contra o racismo, a mensagem de Luther King sobre a não violência, o afeto e a batalha por uma comunidade igualitária continua muito atual. Ele foi um homem sempre à frente de seu tempo." ~ Lázaro Ramos para Revista Rolling Stone
PLUS > Discurso de MLK legendado
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25.7.15
25 de julho: Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha
O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, além de comemorar a resistência da mulher negra, oferece oportunidade para proposição de ações e discussões dentro e fora de movimentos da sociedade civil, a fim de alavancar o enfrentamento da combinação entre racismo e sexismo (duas formas de descriminação que comumente se desdobram em diversas modalidades de violência).
Arte da 6ª edição, o Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha
Em julho de 1992, mulheres negras de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, na República Dominicana. O último dia do evento, 25 de julho, foi marcado como o "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe", para celebrar e refletir sobre o papel das mulheres negras nestes continentes. Mulheres que, mesmo donas de trajetórias diferentes, em diferentes realidades, compartilham batalhas pela própria sobrevivência, de suas famílias e de suas comunidades. Nesta peleja dificultada pelo racismo, elas ainda enfrentam o sexismo presente em inúmeras situações cotidianas e, a partir destas lutas, buscam transformar as sociedades em que vivem.
A criatividade para driblar diferentes formas de opressão nos remete à memória as guerreiras que, desde a escravidão, têm que recriar formas de resistência.
O trabalho braçal a que eram submetidas nas plantações do regime escravocrata, o sexo forçado, as torturas, usados como meio de manter a mulher escrava em "seu lugar" eram práticas reveladoras do peso do que significava ser mulher negra nas colônias. Inviabilizadas em muitas narrativas dominantes, quando não estereotipadas, as mulheres negras ainda lutam para tirar de seus ombros estigmas centenários.
No século XXI, suas vivências ainda permanecem marcadas por violências que combinam ao racismo, outras formas de discriminações: de gênero, de orientação sexual, de idade ou geração, de classe social, de ter ou não alguma deficiência, entre outras. Em determinados aspectos, a própria sociabilidade de muitas delas se dá violentamente ou em contextos de violência.
Em resposta à violência e à invisibilidade, estas mulheres desenvolveram uma feminilidade guerreira, uma possibilidade de se mulher diferente da passividade que o pensamento hegemônico espera. Ao organizarem-se em nome das lutas pela transformação social, pelo fim do racismo, do sexismo, da lesbofobia e das diferentes formas de opressão, as mulheres negras denunciam a invisibilidade que as exclui e participam do cenário político de forma íntegra e resistente.
Via: Centro Feminista de Estudos e Assessoria - CFEMEA
Dia Nacional de Tereza de Benguela
e da Mulher Negra
[[[ Olha... como aqui trabalhamos com a verdade e sabemos fazer conta, preciso esclarecer um fato a vocês, queridos leitores: Teresa de Benguela faleceu em 1770. O quadro Seated Black Woman que supostamente retrata a heroína foi pintado por Felix Vallotton [ viveu de 1865 à 1925 ] em 1911.
Das 2 uma; ou Felix Valloton fez um desenho mediúnico ou essa bela negra envolta em um tecido vermelho não é Tereza de Benguela, e a internet mentiu para nós esse tempo todo!
By the way... eu amei essa versão do Vik Muniz, por isso usei para ilustrar o post! :) ]]]
Em 2 de junho de 2014, a presidente Dilma Rousseff; juntamente com a então Ministra-chefe da SEPPIR Luiza Helena de Bairros; sancionou a Lei nº 12.987/2014, que instituiu o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, a ser comemorado, anualmente, em 25 de julho.
Tereza de Benguela é considerada uma heroína por ter combatido a escravidão e a opressão. Foi uma líder do quilombo de Quariterê, viveu durante o século 18 em Guaporé, próximo a Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do Brasil, perto da fronteira com a atual Bolívia. Com a morte do marido, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, mantendo-se ativo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.
A rainha Tereza de Benguela pode ser comparada a Zumbi dos Palmares, um dos símbolos da resistência negra no Brasil. Valente e guerreira ela comandou uma comunidade de três mil pessoas. Uniu negros, brancos e indígenas para defender o território onde viviam. Liderou o desenvolvimento do quilombo, implantando o uso do ferro na agricultura. Sob seu comando o quilombo cresceu tanto que agregou índios bolivianos e brasileiros. Após o quilombo ser extinto, Tereza foi presa e suicidou-se.
Ainda que tantos outros dias fossem instituídos para refletir, debater e definir estratégias de mudança; pode soar clichê mas eu digo: todos os dias são nossos!
Mesmo que o mundo nos dê 1/3 de oportunidades [ perco 1/3 para 1 homem, perco + 1/3 por não ser branca ] podemos tudo e iremos aonde quisermos.
Apesar de estarmos na base da pirâmide social, econômica e política; lá não é nosso lugar... Deixe o mundo saber disso!
"A beleza de uma guerreira não está na perfeição do óbvio, na efemeridade do comum; e sim nas cicatrizes que ela carrega em sí.
Histórias, vitórias tatuadas no âmago de sua essência incomum."
Michelle Nery
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24.7.15
5 Poemas de Solano Trindade
Solano Trindade (Recife, 24 de julho de 1908 — Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1974) foi um poeta brasileiro, folclorista, pintor, ator, teatrólogo e cineasta.
Deformação
Procurei no terreiro
Os Santos D'África
E não encontrei,
Só vi santos brancos
Me admirei...
Que fizeste dos teus santos
Dos teus santos pretinhos?
Ao negro perguntei.
Ele me respondeu:
Meus pretinhos se acabaram,
Agora,
Oxum, Yemanjá, Ogum,
É São Jorge,
São João
E Nossa Senhora da Conceição.
Basta Negro!
Basta de deformação!
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22.7.15
‘Quase Samba’ quer confrontar o Brasil com afeto | Sessão à 1 real no Cine Olido!

Ricardo Targino esteve na Marcha dos Cem Mil de Brasília (1999) e ocupou Wall Street. Fez doutorado em Comunicação Audiovisual pela Universidade Autônoma de Barcelona, onde desenvolveu a tese sobre a mise-en-scène do marketing eleitoral e da publicidade política. Por toda essa postura ativista, faz sentido que seu primeiro longa-metragem, Quase Samba, tenha uma preocupação social, não apenas em sua trama, mas também na forma com que chega ao público.
21.6.15
A Obra completa de Machado de Assis para download | + Qual a cor do Machado?
Uma parceria entre o portal Domínio Público e o Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística de Santa Catarina, sistematizou, revisou e disponibilizou on-line a Coleção Digital Machado de Assis, reunindo a obra completa do autor para download.
Além dos romances, “Ressurreição” (1872), “A Mão e a Luva” (1874), “Helena” (1876), “Iaiá Garcia” (1878), “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), “Casa Velha” (1885), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899), “Esaú e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908), a coleção engloba sua obra em conto, poesia, crônica, teatro, crítica e tradução. O projeto, que foi criado em 2008, também disponibiliza teses, dissertações e estudos críticos, e traz um vídeo sobre a vida do autor e sobre o contexto histórico em que ele viveu.
Link do hotsite e biblioteca virtual
Via
PLUS>
Nascido em 21 de junho de 1.839; Machado de Assis trouxe à tona tempos atrás um assunto mal resolvido desde sempre, o colorismo.
Na primeira versão do filme em comemoração ao aniversário dos 150 anos da Caixa Econômica Federal, foi interpretado por um senhor que poderia facilmente se passar por Papai Noel, mas não por um mestiço brasileiro de mãe branca portuguesa e pai negro.
Após protestos em redes sociais e críticas da Secretaria de Igualdade Racial, a instituição trocou a campanha publicitária que havia sido suspensa, fazendo um re-make que retrata o maior romancista brasileiro em tom de pele mais condizente com sua descendência.
19.6.15
A exposição "Ocupação Dona Ivone Lara" foi prorrogada!
O Itaú Cultural presentou o público que aprecia o bom samba com a exposição "Ocupação" para a nossa matriarca do samba, Dona Ivone Lara. Com o intuito de reafirmar a importância da música popular e das manifestações afro-brasileiras na constituição da nossa cultura; o projeto apresenta os ancestrais, parceiros, as composições, áudios, vídeos, fotos raras e alguns objetos pessoais de Dona Ivone. O público terá a liberdade de montar seu percurso, de acordo com o interesse que cada canto do espaço expositivo despertar; convidando o público a conhecer a vida e a obra desse ícone musical brasileiro de forma mais sensorial (por meio de suas composições) que linear (seguindo uma cronologia).
O site da exposição também conta com conteúdo exclusivo e riquíssimo, que retrata sua infância e trajetória profissional e segue até os dias de hoje.
Apresenta com detalhes toda a discografia, sua "força da imaginação" e criatividade para criar melodias , a importância do Jongo da Serrinha e Império Serrano em sua trajetória, além de descrever os desafios de uma mulher sambista na época do início da carreira.
Dona Ivone teve muita influência dos tios e primos na hora de começar a trilhar o caminho que a levaria para a carreira de sambista. A mãe, cantora amadora, também foi uma grande referência. Mesmo que a música tenha se tornado sua profissão tardiamente, foi ali na infância que a semente do que ela viria a se transformar foi plantada. Ilustraram o histórico familiar da sambista com uma árvore genealógica navegável.
Data: até 28 de junho
Terça a sexta
9h às 20h [permanência até 20h30]
sábado, domingo e feriado das 11h às 20h
A Ocupação Dona Ivone Lara gera também uma publicação impressa, que explica especialmente quem são os ancestrais presentes no espaço expositivo, com textos do jornalista Lucas Nobile, da documentarista Susanna Lira e do compositor e instrumentista Pretinho da Serrinha.
Conteúdo Infantil com o personagem "Camundongo Barto"... 1 zine lindo, muito especial para apresentar às crianças o bom samba!
Paralelo à exposição, o projeto "Sambabook" saúda Dona Ivone em sua 4ª edição.
A homenageada recebeu o neto André Lara, que integrou o coro e apresentou a canção escrita por ele e pela avó, interpretada por Diogo Nogueira; a Zélia Duncan cantando "Tendência" ; Leci Brandão cantando "O Enredo do meu samba"; Elba Ramalho cantando "Sereia Guiomar"; Maria Bethânia cantando "Sonho Meu"; Caetano Veloso cantando "Alguém me avisou"; Criolo cantando "Tiê; Beth Carvalho cantando "Bodas de Ouro"; Adriana Calcanhoto cantando "Candeeiro de Vovó"; além de Fundo de Quintal, Pretinho da Serrinha, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Wilson das Neves, Jongo da Serrinha, Mariene de Castro e Teresa Cristina.
O trabalho será apresentado no formato de dois CDs, DVD, Blu-ray, especial de TV no Canal Brasil, discobiografia, fichário de partituras, ambiente web com portal e redes sociais e aplicativos para smartphones e tablets.
O show de lançamento do Sambabook será no próximo sábado e contará com as participações especiais de Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Mariene de Castro, Áurea Martins, Aline Calixto, Bruno Castro, Lu Carvalho, Luiza Dionízio e Leci Brandão.
20:00
Gratuito
Auditório Ibirapuera – Plateia externa
15.6.15
Pop Art Mashup: a arte de Eisen Bernard Bernardo
põe o oculinhos, faz cara de cult na vernissage que hoje o papo é obra de arte, pintores famosos!
rs*
mentira... não precisa! baseada nas palavras do artista relacionado no post:
"Eu não tenho uma licenciatura em artes plásticas. Mas eu acho que eu sou parte da era digital onde as pessoas podem se expressar livremente, utilizando diferentes formas de arte. A mídia social torna mais fácil a notoriedade para alguém como eu. Nós todos sabemos que o mundo da arte é uma arena de elite. Mas a mídia social e a internet a democratizou e tornou mais acessível para todos."
mentira... não precisa! baseada nas palavras do artista relacionado no post:
"Eu não tenho uma licenciatura em artes plásticas. Mas eu acho que eu sou parte da era digital onde as pessoas podem se expressar livremente, utilizando diferentes formas de arte. A mídia social torna mais fácil a notoriedade para alguém como eu. Nós todos sabemos que o mundo da arte é uma arena de elite. Mas a mídia social e a internet a democratizou e tornou mais acessível para todos."
meO... tô apaixonada pelas mashups do designer gráfico e ilustrador filipino, Eisen Bernardo!
Ele mescla a cultura pop/contemporânea contida em capas icônicas de revistas internacionais e álbuns musicais com os elementos de épocas distantes presentes em pinturas clássicas da história da arte.
Pega um quadro mega conceito de Boticelli, Klimt, Picasso e mistura com a capa de uma revista estampada por Naomi Campbell, Kardashian, Riri, Bey ou Tupac: Irreverente, inusitado, criativo, divertido!
Beat it! Michael Jackson, Vanity Fair Italy June 2014 + Richard Humphreys, the Boxer by John Hoppner
Bey na capa do album "4" + Ianthe, de John William Godward
The Redprint Nicki Minaj | Fader Magazine August/September 2014 + The Bracelet by William Clarke Wontner
20.10.11
Queremos Miles!
Mila Felix, entitulada 'pretinha de sesc', 1/2 hiphop 1/2 jazz; informa: A EXPO SOBRE MILES DAVIS CHEGOU EM SP!

Queremos Miles! no SESC Pinheiros combina imagem, som e mais de 300 peças de coleção para contar a trajetória do músico Miles Davis, a partir de 20/10.
A obra do trompetista e compositor Miles Davis é referência entre apreciadores de jazz, extravasando os limites de gênero ao influenciar músicos de diversos estilos. Miles participou da gênese de diversas vertentes do jazz e é tido como um dos músicos mais influentes do século XX, autor de álbuns considerados obras-primas do gênero, como “Kind of Blue” e “Sketches of Spain”.
Concebida pela Cité de la Musique, com curadoria de Vincent Bessiéres, a exposição Queremos Miles! já esteve em Paris, Montreal, Rio de Janeiro e agora chega a São Paulo, ocupando cerca de 600m² do SESC Pinheiros para contar a história de Miles Davis. Mesclando imagem e som, a exposição multimídia visa criar uma experiência sensorial baseada naquela que Miles Davis criava ao vivo.
Queremos Miles! é organizada em blocos temáticos segmentados cronologicamente, recriando durante o trajeto a carreira de músico. A ambientação é especialmente projetada com cenografia cuidadosa e tecnologia acústica de alto padrão para proporcionar qualidade na apreciação das obras musicais de Miles Davis enquanto o visitante desfruta das obras visuais.
Objetos cedidos por parceiros, por colecionadores e pela família compõem a exposição, entre elas: partituras originais, manuscritos, discos, figurinos, documentos, filmes, obras de arte, fotografias e instrumentos, inclusive uma coleção de trompetes usados por Miles. Entre as obras de arte, há fotografias de Annie Leibovitz e pinturas de Jean Michel Basquiat, além de pinturas feitas pelo próprio Miles Davis.
Vídeo sobre a montagem da exposição na Cité de la Musique.
O vídeo está em francês, com legendas em inglês.
Paralela à exposição, uma programação especial traz ao Pinheiros intervenções musicais durante o horário de almoço, exibições de filmes, discussõe e, claro, shows. Entre as atrações de outubro estão a Orquestra Jazz Sinfônica e o baixista Ron Carter.
Exposição 'Queremos Miles'
Local: SESC Pinheiros
Datas: 20/10 a 22/01.
Terça a sexta, das 10h30 às 21h30, Sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h30
Resumo: Organizada pelo museu Cité de la Musique, de Paris, cinqüenta anos após a gravação das obras primas Kind of Blue e Sketches of Spain e quarenta anos após o revolucionário Bitches Brew, esta exposição procura reconstituir a trajetória de Miles Davis, desde sua infância em St. Louis, até seu último concerto, no La Villette de Paris. Abertura 19/10/2011, às 20h.
E uma programação ES-PE-CI-A-LÍ-SSI-MA foi montada pelo Sesc Pinheiros para agraciar o feito. Tudo Grátis! Dá 1 confere:
* A história do Jazz por meio de seus estilos
Quando: 16/11 - Quarta-feira, às 20h.
Um panorama da evolução desse gênero musical, de sua gestação no final do séc. XIX até os dias de hoje, ilustrado por gravações históricas, filmes e vídeos. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Sala de Atividades. Retirada de ingressos com1h de antecedência.
* Tributo musical visual a Miles Davis
Quando: 18/11 - Sexta-feira, às 20h30.
Quarteto liderado pelo trompetista Walmir Gil (integrante da Banda Mantiqueira), recria temas da fase eletrônica de Miles, como “Tutu”, “Miles Runs the Voodoo Down” e “Honky Tonk”, enquanto o artista plástico Achiles Luciano cria imagens digitais projetadas em um telão. Praça do SESC.
* A imagem do Jazz nas obras de dois grandes fotógrafos:
Herman Leonard e William Claxton
Quando: 22/11 - Terça-feira, às 20h.
Uma análise da produção de Leonard e Claxton, cultuados fotógrafos que dedicaram parte de suas obras a retratar grandes músicos do jazz. Ilustrada com fotografias de ambos. Com Juan Esteves, fotógrafo e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* O Jazz como espetáculo
Quando: 29/11 - Terça-feira, às 20h.
Uma análise cênica e visual do jazz: dos rituais de origem africana aos happenings e performances contemporâneas. Ilustrada com filmes e vídeos de apresentações musicais, de jazzistas como Louis Armstrong, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Bill Evans e John Coltrane, entre outros. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* A representação do Jazz no cinema
Quando: 06/12 - Terça-feira, às 20h.
Um panorama da representação do jazz e de seus músicos, em filmes de cineastas como Martin Ritt, Clint Eastwood, Martin Scorsese, Bertrand Tavernier e Spike Lee. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* Passagens entre o Jazz e a literatura
Quando: 13/12 - Terça-feira, às 20h.
As relações entre performances de músicos do jazz e a produção literária de escritores como Jack Kerouc, Julio Cortázar e Geoff Dyer, entre outros. Com João Bandeira, escritor e curador. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
PLUS: Clique para degustar "The Very Best Of Miles Davis".
Infos retiradas da revista E On Line.

Queremos Miles! no SESC Pinheiros combina imagem, som e mais de 300 peças de coleção para contar a trajetória do músico Miles Davis, a partir de 20/10.
A obra do trompetista e compositor Miles Davis é referência entre apreciadores de jazz, extravasando os limites de gênero ao influenciar músicos de diversos estilos. Miles participou da gênese de diversas vertentes do jazz e é tido como um dos músicos mais influentes do século XX, autor de álbuns considerados obras-primas do gênero, como “Kind of Blue” e “Sketches of Spain”.
Concebida pela Cité de la Musique, com curadoria de Vincent Bessiéres, a exposição Queremos Miles! já esteve em Paris, Montreal, Rio de Janeiro e agora chega a São Paulo, ocupando cerca de 600m² do SESC Pinheiros para contar a história de Miles Davis. Mesclando imagem e som, a exposição multimídia visa criar uma experiência sensorial baseada naquela que Miles Davis criava ao vivo.
Queremos Miles! é organizada em blocos temáticos segmentados cronologicamente, recriando durante o trajeto a carreira de músico. A ambientação é especialmente projetada com cenografia cuidadosa e tecnologia acústica de alto padrão para proporcionar qualidade na apreciação das obras musicais de Miles Davis enquanto o visitante desfruta das obras visuais.
Objetos cedidos por parceiros, por colecionadores e pela família compõem a exposição, entre elas: partituras originais, manuscritos, discos, figurinos, documentos, filmes, obras de arte, fotografias e instrumentos, inclusive uma coleção de trompetes usados por Miles. Entre as obras de arte, há fotografias de Annie Leibovitz e pinturas de Jean Michel Basquiat, além de pinturas feitas pelo próprio Miles Davis.
Vídeo sobre a montagem da exposição na Cité de la Musique.
O vídeo está em francês, com legendas em inglês.
Paralela à exposição, uma programação especial traz ao Pinheiros intervenções musicais durante o horário de almoço, exibições de filmes, discussõe e, claro, shows. Entre as atrações de outubro estão a Orquestra Jazz Sinfônica e o baixista Ron Carter.
Exposição 'Queremos Miles'
Local: SESC Pinheiros
Datas: 20/10 a 22/01.
Terça a sexta, das 10h30 às 21h30, Sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h30
Resumo: Organizada pelo museu Cité de la Musique, de Paris, cinqüenta anos após a gravação das obras primas Kind of Blue e Sketches of Spain e quarenta anos após o revolucionário Bitches Brew, esta exposição procura reconstituir a trajetória de Miles Davis, desde sua infância em St. Louis, até seu último concerto, no La Villette de Paris. Abertura 19/10/2011, às 20h.
E uma programação ES-PE-CI-A-LÍ-SSI-MA foi montada pelo Sesc Pinheiros para agraciar o feito. Tudo Grátis! Dá 1 confere:
* A história do Jazz por meio de seus estilos
Quando: 16/11 - Quarta-feira, às 20h.
Um panorama da evolução desse gênero musical, de sua gestação no final do séc. XIX até os dias de hoje, ilustrado por gravações históricas, filmes e vídeos. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Sala de Atividades. Retirada de ingressos com1h de antecedência.
* Tributo musical visual a Miles Davis
Quando: 18/11 - Sexta-feira, às 20h30.
Quarteto liderado pelo trompetista Walmir Gil (integrante da Banda Mantiqueira), recria temas da fase eletrônica de Miles, como “Tutu”, “Miles Runs the Voodoo Down” e “Honky Tonk”, enquanto o artista plástico Achiles Luciano cria imagens digitais projetadas em um telão. Praça do SESC.
* A imagem do Jazz nas obras de dois grandes fotógrafos:
Herman Leonard e William Claxton
Quando: 22/11 - Terça-feira, às 20h.
Uma análise da produção de Leonard e Claxton, cultuados fotógrafos que dedicaram parte de suas obras a retratar grandes músicos do jazz. Ilustrada com fotografias de ambos. Com Juan Esteves, fotógrafo e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* O Jazz como espetáculo
Quando: 29/11 - Terça-feira, às 20h.
Uma análise cênica e visual do jazz: dos rituais de origem africana aos happenings e performances contemporâneas. Ilustrada com filmes e vídeos de apresentações musicais, de jazzistas como Louis Armstrong, Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Bill Evans e John Coltrane, entre outros. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* A representação do Jazz no cinema
Quando: 06/12 - Terça-feira, às 20h.
Um panorama da representação do jazz e de seus músicos, em filmes de cineastas como Martin Ritt, Clint Eastwood, Martin Scorsese, Bertrand Tavernier e Spike Lee. Com Carlos Calado, jornalista e crítico. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
* Passagens entre o Jazz e a literatura
Quando: 13/12 - Terça-feira, às 20h.
As relações entre performances de músicos do jazz e a produção literária de escritores como Jack Kerouc, Julio Cortázar e Geoff Dyer, entre outros. Com João Bandeira, escritor e curador. Auditório. Retirar ingressos com 1h de antecedência.
PLUS: Clique para degustar "The Very Best Of Miles Davis".
Infos retiradas da revista E On Line.
7.4.10
Nossa . . . como cai bem, hein?!
Os Zulus de terno, Dandies Africanos & o Rimador mais elegante!
Nosso rap de cada dia hoje sai dos players e vai parar no Youtube e MTV. Agora chegou do rapper Rincon Sapiência, o clipe da música “Elegância” foi lançado semana passada e teve grande destaque e repercursão nas redes sociais.
“. . . pago pouco pelos panos mas sou vaidoso. . .”, “as mina devem pensar: que neguim metido”, são versos que o Rincón manda . . . Mas saindo daqui da terra brasilis e indo lá pra mãe Africa, também encontraremos uns pretos bem trajados, elegantes e charmosos.
Não pagam pouco pelos panos, pelo contrário, os Sapeurs - como são chamados os seguidores da cultura SAPE - pagam até 100.000 francos congoleses, aproximadamente R$380,00 por roupas usadas de grifes francesas, como Pierre Cardin, Carducci, Jean Pierre entre outros nomes que precisamos fazer biquinho para pronunciar; para se ter uma idéia do peso dessa cultura por lá, os ternos chegam a entram para os testamentos da família.
A cultura SAPE originou-se na região de Congo Brazzaville como imitação do estilo dos colonizadores belgas e franceses. A sigla significa Société des Ambianceurs et des Personnes Élégantes - em tradução livre: Sociedade dos “Ditadores de Tendência” / “Formadores de Opinião” e das Pessoas Elegantes. A extravagente maneira que os congoleses encontraram para fugir do triste cotidiano de pobreza, rendeu até um livro chamado "Gentlemen of Bakongo: The African Dandies".
Considerados artistas em suas comunidades, eles têm real admiração e respeito de seu povo; além de arrancarem uns suspiros das negas, pois é regra estarem elegantes e charmosos todos os dias . . . serem cavalheiros e gentis com todos a sua volta . . aí já viu, né? ! Outro preceito é não abusar das cores: “são três, no máximo, em cada produção”. Mas você observará que também não há a ausência delas. Combinam as meias com a gravata, o chapéu . . . usam as cores como elemento fundamental nas produções.
Sem o glamour que rodeia os sapeurs, porém não menos elegantes, são os Swenkas, grupo de homens de características e vestimentas semelhantes na região sul da África. Eles se reúnem nas noites de sábado, trajados impecavelmente, e avaliados pela aparência e apresentação por um júri selecionado.
São trabalhadores comuns e freqüentemente acumulam prestações para permanecerem no seleto grupo.
Mas não pensem que suas mulheres fazem barraco quando seus maridos não pagam a conta de água e luz, só para manter a elegância. Isso é motivo de orgulho para elas, portanto: sem água, sem luz, mas elegante . . . tá tudo certo!
Ser um Swenka rende uns tostões, mas normalmente o valor do prémio é destinado à compra de novas roupas. Geralmente, tais concursos valem prêmios em dinheiro. Em ocasiões especiais, como o natal, os prêmios são mais valiosos: costumam ser oferecidos relógios de ouro, cabras e até vacas aos vencedores.
Elegante na corridda pra ganhar uns mango
E aí, achou que cai bem?
+ do mesmo / créditos
+fotos
Complemento
Vice Revista eletrônica
Blog Brands Club
Documentário The Swenkas (2004)
Na minha vitrola: Elegância - Rincon . . . pra inspirar, né?
Para o site Quilombo Hip Hop
4.4.10
O perigo de uma história única
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie fala sobre as consequências de saber somente 1 versão da história. Ela é maravilhosa em sua explanação, dispensa meus comentários . . . é só dar o play!
Para adicionar legenda , clique em view subtitles e selecione português.
achei no blog do Kibe.
24.2.10
Pede desculpa!
Os Crespos - Comercial V from Leandro Goddinho on Vimeo.
Texto e Interpretação: Lucelia Sergio
Os Crespos - Comercial II from Leandro Goddinho on Vimeo.
Texto e Interpretação: Joyce Barbosa
Os Crespos - Comercial from Leandro Goddinho on Vimeo.
Texto e Interpretação: Sidney Santiago
Os Crespos - Desculpa from Leandro Goddinho on Vimeo.
Vídeos produzidos pela Cia. de teatro "Os Crespos"
Camera: Dênis Arrepol
Montagem e Direção: Leandro Goddinho
Produzido originalmente para o projeto de intervenções públicas do grupo "Os Crespos" com o tema DOR.
Out/2009.
Sobre "Os Crespos"
A Cia. Teatral Os Crespos [[Gal Quaresma, Lucélia Sérgio, Mawusi Tulani e Sidney Santiago]] surgiu nas dependências de uma das mais importantes escola de interpretação do país, a Escola de Arte Dramática da USP instituição esta, que fora fundada por Alfredo Mesquita em atividade desde 1948. No ano de 2004, acontece um feito inédito na EAD, ingressam cinco alunos negros, e três no ano seguinte. Houve uma organização desses alunos, que tinham em comum a vontade de discutir a sua formação e como foco estudar a história do negro nas artes cênicas e nos multimeios no Brasil, numa instituição em que esta discussão não existia. [via geledes]
Voltarei a falar sobre eles em outro post*
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20.2.10
Brincando de boneca*
" Frieda e ela conversaram, enternecidas, sobre como Shirley Temple era lindinha.Eu não podia participar dessa adoração porque odiava a Shirley. Não porque era lindinha, mas porque dançava com Bojangles, * quer era meu amigo, meu tio, meu pai e deveria dançar e rir era comigo. Em vez disso, ele desfrutava, compartilhava, concedia uma encantadora dança a uma daquelas garotinhaa brancas cujas meias nunca escorregavam para dentro dos sapatos. Por isso eu disse: " Eu gosto da Jane Withers".
Elas me deram uma olhada intrigada, concluíram que eu era incompreensível e continuaram trocando reminescências sobre a vesga da Shirley. Mais nova do que Frieda e Pecola, eu ainda não havia chegado ao ponto decisivo na desenvolvimento da minha psique que me permitira gostar dela. O que eu sentia naquela época era ódio puro. Mas antes eu tinha um sentimento mais estranho e assustador do que o ódio por todas as Shirley Temples do mundo. Começou no Natal, com as bonecas ganhas de presente. O presente grande, especial, dado com muito carinho, era sempre uma Baby Boll grande, de olhos azuis, Pela tagarelice dos adultos, eu sabia que a boneca reprensetava o que eles pensavam que fosse o meu maior desejo. Fique pasmada com a coisa e com a aparência que tinha. Eu tinha que fazer o que com aquilo? Fingir que era mãe? Eu não tinha interesse por bebês nem pelo conceito de maternidade. Estava interessada somente em seres homanos da minha idade e tamanho, e não conseguia sentir entusiasmo algum ante a perspectiva de ser mãe. Maternidade era velhice e outras possiblidades remotas. Mas aprendi depressa o que esperavam que eu fizesse com a boneca: embalá-la, inventar historinhas em torno dela, até dormir com ela. Os livros de figuras estavam cheios de garotinhas dormindo com suas bonecas. Geralmente bonecas de pano Ragged Ann, mas essas estavam fora de questão. Eu ficava enojada e secretamente assustada com aqueles olhos redondos imbecis, a cara de panqueca e o cabelo de minhocas alaranjadas.
As outras bonecas, que supostamente me dariam grande prazer, tiveram êxito em fazer o oposto. Quando a levei para a cama seus membros duros resistiam ao meu corpo - as pontas dos dedos afilados naquelas mãos com covinhas arranhavam. Se eu me virasse dormindo, a cabeça fria como um osso batia na minha. Era uma companheira de sono muito desconfortável e patentemente agressiva. Segurá-la não era mais gratificante. A gaze ou renda engomada do vestido de algodão tornava irritante qualquer abraço. Eu tinha uma única vontade: desmembrá-la. Ver do que era feita, descobrir o que havia de tão estimável, de desejável, de beleza que me havia escapado, e aparentemente só a mim. Adultos, meninas mais velhas, lojas, revistas, jornais, vitrines - o mundo todo concordava que a boneca de olhos azuis e cabelo amarelo e pele rosada era o que toda menina mais almejava. "Olha", diziam, "ela é linda, e se você for 'boazinha' pode ganhar uma." Eu passava o dedo no rosto, pensando nas sobrancelhas desenhadas com um único traço; cutucava os dentes perolados, enfiados como duas teclas de piano entre lábios vermelhos em forma arco. Contornava o nariz arribitado, enfiava o dedo nos olhos de vidro azul, torcia o cabelo loiro.
Não conseguia gostar dela. Mas podia examiná-la para ver o que era que todo mundo dizia que era adorável. Se eu quebrasse os dedos minúsculos, dobrasse os pés chatos, soltasse o cabelo, girasse a cabeça, a coisa fazia um som - um som que, diziam, era um meigo e choroso "Mamãe", mas que, pra mim, soava como o balido de um cordeiro agonizando ou, mais precisamente, a porta da nossa geladeira abrindo com suas dobradiças enferujadas em julho. Se eu lhe removesse o olho frio e estúpido, continuava balindo "Aaaahhhh" se arrancasse a cabeça, sacudisse a serragem para fora, rachasse as costas contra a grade de metal da cama, ela continuava balindo. As costas de gaze rachavam e eu via o disco com seis furos, o segredo do som. Uma mera coisa redonda de metal.
. . .
Eu destruía bonecas brancas.
Mas o desmembramento das bonecas não era o verdadeiro horror. O que realmente aterrorizava era a transferência dos mesmo impulsos para garotinhas brancas. A indiferença com que eu poderia trucidá-las era abalada apenas pela minha vontade de fazer isso. Para descobrir o que me escapava: o segredo da magia que elas exerciam sobre os outros. O que fazia as pessoas olharem para elas e dizer “Aaaaaaahhhhhh”, mas não para mim ? O olhar de mulheres negras ao se aproximar delas na rua e a meiguice possessiva com que tocavam quando lidavam com elas.
Se eu as beliscasse, os seus olhos - ao contrários do brilho desvairado dos olhos da Baby Doll - contraíam-se de dor, e o grito delas não era o som da porta da geladeira, mas um fascinante grito de dor. Quando entendi como essa violência desenteressada era repugnate, que era repugnante porquer era desenteressada, a minha vergonha debateu-se em busca de refúgio. O melhor esconderijo foi o amor. Assim, conversão do sadismo original em ódio fabricado, em um amor fraudolento. Um pequeno passo até Shirley Temple. Muito mais tarde apredi a adorá-la, exatamente como aprendi a me deliciar com a limpeza, sabendo, mesmo enquanto aprendia, que mudar foi adaptar sem melhorar."
_________________________
"* Bill "Bojangles" Robinson (1878-1949), dançarino de sapateado. (N.T.)"
Trecho de "O Olho mais Azul" 1º capítulo : Outono
Plus >
Quando ví as bonecas Blythes pela primeira vez no atelier de uma amiga minha tive uma sensação semelhante a de Claudia MacTeer [ que narra o livro "O Olho mais Azul", alter-ego da autora da Toni Morrison ] . . . BONECA FEIA ZOIUDA, 1 VERSÃO LUXO DOS MINI CRAQUES DA COCA COLA, sabe?
Quando ela me falou o preço então . . . AH RÁ,QUANTO TÉO? 800,00 NUMA BONECA? Não demostrei muito minha indignação, foi só essa frase . . . aí ela me explicou todo o conceito, histórico da tal boneca cabeçuda [ aqui tem! ] e eu resolvi não estender o assunto. . . até 1 dado dia perambulando pelos flyrcks da vida achei 1 galeria com a MAGRELA, CABEÇUDA E ZOIUDA versão BLACK*
A Galeria Flirck BLACK BLYTHE IS BEAUTIFUL é dedicada somente as bonequinhas pintadas de marrom . . . já que pode se customizar cabelo e olhos . . por que não a cor das bonecas?
Racismo às avessas ou não . . desde então me apaixonei pela blythes . . . e quero entrar para o hall de colecionadoras, quero várias . . . cabelo crespo, cabelo liso, black power! aloka* rsrsrs*
Por que me fala . . . as pretinhas não são 1 fofura?
site oficial das blythes
Site de bonequeiras do Brasil
Up* Sobre o livro O Olho Mais Azul . . .
Cholly e Pauline Breedlove têm dois filhos - Sammy e Pecola. Seria uma típica família americana não fossem os Breedlove muito pobres e negros. A situação de marginalidade é ainda mais grave para a menina Pecola, que encontra rejeição em todos os ambientes que freqüenta. Na escola, é ridicularizada até pelas outras crianças negras, pois é quem tem a pele mais escura. Nos Estados Unidos da década de 40, época em que se passa a história, o padrão de beleza é exatamente o oposto daquele que a menina ostenta. Garotas negras e pobres, como ela, costumavam ganhar de presente bonecas brancas de olhos azuis e tomar leite em canecas estampadas com o rosto da atriz-mirim Shirley Temple. Todas as noites, a pequena Pecola reza para ter olhos azuis - num delirante e inconsciente desejo de redenção e ascensão social. - Sinopse Livraria Cultura
Terminei de ler a poucos dias . . . é um livro maravilhoso, ganhou de Nobel de literatura e os caramba . . . não foi à toa!
Tenho uma gratidão absurda por esta obra de Toni Morrison, pretendo reler ainda essa semana. Não vou falar sobre a história do livro e as consequências da leitura . . . talvez depois de reler, e também por que super indico que leiam e tenham suas interpretações.

*Título: O Olho mais azul*
*Autora: *Toni Morrison
*Editora:Companhia das Letras
*ISBN:8535903151
*Ano: 2003
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