Abro um anexo da minha apresentação musical para falar sobre a obra do aniversariante do dia!
Não tem como falar da trilha sonora da minha vida sem citar Jorge Duílio.
O nome artístico fica à critério. O fator que difere quem fala 'Jorge Ben Jor' e não 'Jorge Ben' é o mesmo para quem fala 'bon jovi' ao invés de 'jon bon jovi'!
Tudo é questão de ordem cronológica... eu conheci em 1.900 e 80 e poucos como Jorge Ben... simplesmente!
Um LP coletânea de samba-rock que carrega as minhas primeiras lembranças musicais, tinha "Frases"... os acordes dos 12 segundos iniciais são tão cravados na minha memória afetiva que acredito que vou levá-los para outras vidas, considerando que ouvia na barriga da minha mãe, antes mesmo de sair para essa...
Ben Jor me acompanhou... do LP, passando pelas fitas K-7, CD, MP3 e Spotify.
Sempre tem uma música dele - um trecho ou uma composição inteira - que descreve os momentos que passei e ainda vou passar.
As identificações são muitas e seguramente falo que Jorge é o meu ídolo musical ainda vivo, que hoje completa 72 anos! Independente das múltiplas facetas desse mestre, as músicas possuem acordes e letras atemporais.
Das crises existenciais ao som de "Porque É Proibido Pisar Na Grama";
Das canções futebolísticas e brasileiríssimas... confesso que o que mais me agrada no período da Copa é Jorge Ben tocando em tudo que é canto;
Dos ensinamentos da "alquimia musical", com as quais aprendi sobre as leis herméticas! Em 1974 - antes de Paulo Coelho e Harry Porter - Jorge já falava sobre a tal pedra filosofal;
Das mulheres com nomes poéticos e angelicais... e a frustração dele não ter feito uma música com meu nome!
Da África que ele canta e ensina melhor que os livros primários de história:
"Angola gongô benguela
Monjolo capinda nina
Quiloa rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Um princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver"
Sua arte é pura e transparente... nela encontraremos facilmente o filho de Augusto Menezes - cantor e compositor de músicas de carnaval - e de Sílvia Saint Ben Lima - uma negra de descendência etíope que gentilmente lhe emprestou seu violão para os primeiros acordes.
Com uma essência única e universal, o cantor criou um dos "100 maiores discos da Música Brasileira".

A tal da Tábua do Ben Jor . . .
O título foi dado pela revista Rolling Stone Brasil ao álbum "A tábua de esmeralda" em 2007.
A obra de 1974 encantou e foi aclamada pelos críticos do mundo inteiro.
Eu nasci 10 anos após a criação desse trabalho musical, que ganhou outro título um pouco mais modesto: um dos discos mais importantes da minha vida.
Graças à educação musical dos meus pais, minha infância foi embalada por muita música boa, mas ouvir Ben Jor era mágico demais pra mim!
Graças à educação musical dos meus pais, minha infância foi embalada por muita música boa, mas ouvir Ben Jor era mágico demais pra mim!
As letras um tanto quanto complexas, porém lúdicas agitavam minha imaginação...
Desenhava tudo na mente e imaginava os personagens para cada faixa!
Pensava em quão elegante era "O Homem da gravata florida" e quão cuidadosos e delicados eram "Os alquimistas", carregando seus vasos de vidros e potes de louça.
Na fantástica "O Circo Chegou", do álbum anterior, eu embarcava numa viagem infantil muito psicodélica...
A obra do carioca também viajou longe... Jorge é o único compositor a ser gravado por artistas de todas as correntes musicais. Mas Que Nada está registrada nas vozes de Ella Fitzgerald, Dizzie Gilespie, Julio Iglesias, Al Jarreau, Trini Lopez, José Feliciano, Fred Bongusto, Mina, Nicoletta, Los Hermanos Castro e em centenas de outras gravações de cantores e grupos musicais de dezenas de países do mundo.
Muitos o classificam como "pai do samba-rock". Apesar da maestria de Jorge Ben, não acredito que seja um título que o mesmo deva carregar.
Cronologicamente, Ben Jor veio na onda do sambalanço. Tempos depois; Cassiano, Banda Black Rio e Tim Maia - seu amigo de adolescência - e outros nomes surgiram na cena... e o samba-rock se desenvolveu com todos eles.
Samba é sempre difícil de se rotular... mas tão certo como todas as leis herméticas é o fato que Jorge Duílio Lima Meneses tem seu nome gravado na Tábua de Esmeralda da Música Preta Brasileira!
Muitos o classificam como "pai do samba-rock". Apesar da maestria de Jorge Ben, não acredito que seja um título que o mesmo deva carregar.
Cronologicamente, Ben Jor veio na onda do sambalanço. Tempos depois; Cassiano, Banda Black Rio e Tim Maia - seu amigo de adolescência - e outros nomes surgiram na cena... e o samba-rock se desenvolveu com todos eles.
Samba é sempre difícil de se rotular... mas tão certo como todas as leis herméticas é o fato que Jorge Duílio Lima Meneses tem seu nome gravado na Tábua de Esmeralda da Música Preta Brasileira!
ROLÊ SP: Jorge Ben Jor será tema da celebração do NIVEA VIVA 2017,ao lado dos seus convidados: Skank e Céu. O show em SP acontece dia 25/06 na Praça Heróis da FEB, em Santana.