Ao todo, foram dez peças desenvolvidas, que serão usadas não só por músicos da banda, mas também pelo próprio Gil durante os shows que acontecerão nos dias 25 e 26 no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Uma pop-up será montada no evento durante as duas noites para que o público possa comprar as peças. Em entrevista ao Fashion Network, a gerente de branding da Redley, Mariana Egert, contou um pouco mais sobre a collab. Confira a entrevista para o portal Fashion Network.
FASHION NETWORK: Como surgiu a ideia da parceria?
MARIANA EGERT: A Redley tem uma relação antiga com a música, mas que estava há um tempo adormecida. No passado, na década de 1990, chegamos a ter um selo, o Redley Records, que trazia novos nomes para a cena, além de apoiar artistas já estabelecidos. Vimos nessa parceria a oportunidade de reavivar essa relação com música e cultura que faz parte do nosso DNA.
Como foi o processo criativo da coleção?
MARIANA EGERT: O projeto da turnê é liderado pelo Bem Gil. Eles nos procuraram com a ideia e foi muita sinergia. Redley e Refavela tem quase o mesmo tempo de existência e compartilham da mesma essência, são movimentos que têm origem no mesmo lugar. A partir disso, iniciamos o desenvolvimento das peças. Todo o projeto original do Refavela já tem uma estética muito forte e buscamos utilizar esses elementos na construção da collab.
Qual o maior desafio de criar uma coleção inspirada em um disco tão icônico?
MARIANA EGERT: O maior cuidado foi preservar a forte identidade do disco. Buscamos transpor para as roupas todo o mix de referências dos ritmos que permeiam o álbum por meio das estampas e frases icônicas de trechos das canções.
Há planos de parcerias com outros artistas?
MARIANA EGERT: Sim. Há pouco tempo, estivemos presentes no Rock The Mountain, um festival importante para a nova cena musical. Além disso, estamos lançando uma parceria com o Digital Dubs para os próximos bailes que vão acontecer.
Confere o resultado da coleção!
Um overview do Mestre sobre o projeto
Sobre o Refavela 40
Na fala de Gilberto Gil inserida como sample na introdução do show Refavela 40, o cantor, compositor e músico baiano conta que assumiu a definição dada ao álbum Refavela (Philips, 1977) – "um disco negro para todas as cores" – em resenha escrita por jornalista do Sul do Brasil. Pois o show Refavela 40, cuja turnê nacional estreou no palco carioca do Circo Voador aos primeiros minutos deste sábado, 2 de setembro de 2017, é show negro feito por e para gente de todas as cores com o intuito de celebrar os 40 anos de um dos álbuns mais visionários da discografia de Gil.
C
Concretizado por Bem Gil (filho do mentor do disco), a partir de ideia dos músicos Thiagô de Oliveira e Thomas Harres, o show Refavela 40 amalgama todos os ritmos do álbum no roteiro que abre espaço para solistas como Céu, Maíra Freitas e Moreno Veloso. A banda – formada por excelentes músicos contemporâneos como o próprio Bem Gil (guitarra), Bruno Di Lullo (baixo), Domenico Lancellotti (bateria), Mateus Aleluia Filho (trompete) e os já mencionados Thiagô de Oliveira (saxofone) e Thomas Harres (percussão), além de Moreno Veloso (na percussão) – contribui para expor a multiplicidade de tons e cores do show, traduzida no cenário-origami criado por Celina Kuschnir para adornar o palco.
Refavela é um álbum de 1977 do cantor, compositor e músico Gilberto Gil, pelo selo Phonogram, da trilogia RE, que se refere aos álbuns: Refazenda (1975), Refavela e Realce.
Em 1977, Gilberto Gil participou do 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra (FESTAC 77) em Lagos, Nigéria. O evento reuniu 50 mil artistas afrodescendentes e da diáspora negra, dentre eles o artista Fela Kuti, que influenciou Gil na sonoridade afrobeat e juju. Houve também a influência do funk americano; do reggae; dos blocos carnavalescos baianos Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy, que propunham a reafricanização do carnaval; e do Movimento Black Rio.
Assim como Refazenda, que revisitou suas raízes nordestina, o álbum Refavela surge com a ideia de revisitar suas raizes africanas. A canção "Babá Alapalá" reúne os orixás em um assunto de ancestralidade africana . "Balafon" é sobre o instrumento de mesmo nome que Gil ganhou de presente da Nigéria, a música tem a fórmula de compasso em 3/4 e é reconhecida pela estrutura poliritmica.
Sobre o Refavela 40
Na fala de Gilberto Gil inserida como sample na introdução do show Refavela 40, o cantor, compositor e músico baiano conta que assumiu a definição dada ao álbum Refavela (Philips, 1977) – "um disco negro para todas as cores" – em resenha escrita por jornalista do Sul do Brasil. Pois o show Refavela 40, cuja turnê nacional estreou no palco carioca do Circo Voador aos primeiros minutos deste sábado, 2 de setembro de 2017, é show negro feito por e para gente de todas as cores com o intuito de celebrar os 40 anos de um dos álbuns mais visionários da discografia de Gil.

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Concretizado por Bem Gil (filho do mentor do disco), a partir de ideia dos músicos Thiagô de Oliveira e Thomas Harres, o show Refavela 40 amalgama todos os ritmos do álbum no roteiro que abre espaço para solistas como Céu, Maíra Freitas e Moreno Veloso. A banda – formada por excelentes músicos contemporâneos como o próprio Bem Gil (guitarra), Bruno Di Lullo (baixo), Domenico Lancellotti (bateria), Mateus Aleluia Filho (trompete) e os já mencionados Thiagô de Oliveira (saxofone) e Thomas Harres (percussão), além de Moreno Veloso (na percussão) – contribui para expor a multiplicidade de tons e cores do show, traduzida no cenário-origami criado por Celina Kuschnir para adornar o palco.
Refavela é um álbum de 1977 do cantor, compositor e músico Gilberto Gil, pelo selo Phonogram, da trilogia RE, que se refere aos álbuns: Refazenda (1975), Refavela e Realce.
Em 1977, Gilberto Gil participou do 2º Festival Mundial de Arte e Cultura Negra (FESTAC 77) em Lagos, Nigéria. O evento reuniu 50 mil artistas afrodescendentes e da diáspora negra, dentre eles o artista Fela Kuti, que influenciou Gil na sonoridade afrobeat e juju. Houve também a influência do funk americano; do reggae; dos blocos carnavalescos baianos Ilê Aiyê e Filhos de Gandhy, que propunham a reafricanização do carnaval; e do Movimento Black Rio.
Assim como Refazenda, que revisitou suas raízes nordestina, o álbum Refavela surge com a ideia de revisitar suas raizes africanas. A canção "Babá Alapalá" reúne os orixás em um assunto de ancestralidade africana . "Balafon" é sobre o instrumento de mesmo nome que Gil ganhou de presente da Nigéria, a música tem a fórmula de compasso em 3/4 e é reconhecida pela estrutura poliritmica.