30.9.15

Negros na capa | "Ela é top... capa de revista!" | #mypeoplecomefirst

Setembro não traz somente as flores e calorzinho.
O mês primaveril também marca o início do calendário fashion. É neste mês que as grandes marcas apresentam tendências e novidades de suas criações. E as publicações impressas, ainda de grande importância neste segmento, vão para as bancas bem pesadas e cheias de propagandas. Trabalhando na área de marketing, pude constatar o quanto é caro anunciar neste mês, porém compensatório; há quem compre as edições de setembro apenas pelos ads!

Mas, enfim... este post não é um panorama sobre o mercado publicitário da mídia impressa... não!

É para comemorar a significativa presença de negros ilustrando capas de revista no mês mais relevante do ano.

Olha só que coisa linda!

Ciara para a Shape Magazine United States






Kerry Washington para a Self Magazine United States




de quebra... garota propaganda Neutrogena!



Beyoncé Knowles... a grande diva mainstream...ela não sabe brincar! ela ofende... ela humilha e foram 2 capas:

Vogue Magazine United States


 BEYONCE'S GLÚTEOS... um tapa na cara do universo!



Flaunt Magazine US







dá próxima vez essa minazinha não vem mais... só ela quer divar, só ela quer fazer editorial perfeito!

dá licença!



Nicki Minaj para Cosmopolitan Magazine [ Singapura / Sérvia / Estônia / Lituânia / Africa Do Sul ]



Bendito dia em que Nicki adotou o "Seje Menas" e nos surpreendeu com um estilo clássico!





Idris Elba na Maxim Magazine United States



My name is Elba... Idris Elba!



Willow Smith para i-D Magazine 



     

porque lá eles dão dessas... não basta uma, fazem logo duas capas maravilhosas e fotos incríveis.






Viola "Rainha do Emmy" Davis para a Variety Magazine Semana Nº 4 






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Pharrell Williams na Harper’s Bazaar Man Coréia 






olha para essa foto e me diga se eu sou obrigada a crer que esse rapazinho tem 42 anos!




Chantelle Brown-Young para a L'Officiel Magazine Itália






Emicida para Rolling Stone Brasil



A revista fez um making of, e nele o rapper aproveita para dizer mais algumas verdades.




Que setembro lindo, né migxs!

Agosto foi um prenúncio e também trouxe algumas capas belíssimas ilustradas pela negrada:

Serena Williams e Samuel L. Jackson para as semanais da NY Mag

             

Taís Araújo aka. Michele do Brau na TRIP 



Agora diga ao sistema: "Parece que o jogo virou, não é mesmo!?"

Fato que isso não é nem a metade do caminho que temos que percorrer... aqui no Brasil a exclusão midiática é ainda mais gritante; a representatividade é quase que inversamente proporcional ao percentual de cidadãos que se classificam como negros [ porque né? tem aqueles que desconsideram a genética e se julgam 'morenos'... para esses eu só rezo para o anjo da guarda! ]. Mas fica aqui o post para júbilo, comemoração e inspiração!

Plus I> #MyPeopleComeFirst

Eu não sou muito adepta de hastags, mas essa é uma que passei a utilizar afim de colaborar com a coleção de imagens onde negros são protagonistas em propagandas. Digamos que é um requentado facebookiano daquela expressão "Não me vejo, não me compro!" do antigo Orkut.
A tag para essa situação provavelmente originou de um som do Dilated Peoples: Worst come to worst / My peoples come first ... tipo "farinha pouca, meu pirão primeiro", como dizia papai.
Procurando a tag, obviamente vai encontrar várias imagens fora do contexto; mas também vai poder perceber quantas empresas já acordaram para o novo panorama.




Plus II > Ativismo na capa da Forbes 
Artigo de Tulio Custódio

Há alguns anos eu comentava entre amigos: "estar na capa da Forbes também é militância". Alguns riam, outros discordavam - entre colegas de esquerda - veementemente. Independente disso, quando olhamos os números e a realidade, não parece tão absurdo assim.

Um disclaimer: sou negro jovem, de classe média, tive oportunidade de estudar em bons colégios, fazer uma excelente faculdade, mestrado, e ainda com duas experiências internacionais de estudo. Além disso, enveredei em certo momento, mesmo com alto interesse e dedicação na academia, a atividades no mercado, onde acabei ficando e ocupo hoje espaço num mercado novo, chamado de "empreendedorismo criativo". Sim, entre meus pares sou um dos poucos negros. Ou seja, apesar de ter críticas ferrenhas ao capitalismo na forma como ele se organiza - e corrobora para desigualdade -, é dentro dele que vivo, me organizo e acredito que e nessa estrutura que devo almejar ver mais de meus "iguais" entre meus pares.

Leia o artigo inteiro na BrasilPost.